junho 04, 2012



Talvez, o meu único medo seja, de quando você for de verdade não ter mais o abraço, o carinho que ninguém nunca ofereceu, a voz ridícula e indecente, o jeito que a mão passa sobre as costas fazendo arrepiar o corpo todo, talvez eu só sinta a falta da mordida na língua e um na orelha que sempre foi sagrado todos os dias, falta da preocupação ou do jeito que olhava quando estava sempre distraída. Talvez eu sinta pena por ter deixado você ir e sinta dó de mim mesma, talvez eu chore todas as noites quando dá o seu horário pra ir embora e souber que você não está mais ali, não vai estar nunca mais, talvez eu te encontre em um dia perdido e nesse dia eu perceber que o que eu deixei no tempo de hoje tenha sido a maior burrice. Mais hoje, hoje eu te deixo ir, sem ter que olhar pra trás. Sabendo que você fica melhor sem mim.

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